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Canetada de Tarcísio: Fim de uma era na linha 1-Azul do metrô de SP chega voando no colo de paulistas em 2025

Tarcísio de Freitas (Republicanos) baixa a canetada em São Paulo e crava o fim de uma era na Linha 1-Azul do metrô

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, anunciou que pretende conceder a gestão da Linha 1-Azul do Metrô à iniciativa privada neste ano, cravando o fim de uma era no transporte público paulista.

Conforme apurado pelo TV FOCO, a privatização ocorrerá no mesmo leilão que definirá a responsável pela construção e operação da futura Linha 20 (Rosa), que conectará a capital paulista ao ABC Paulista.

De acordo com as informações do portal ‘O Globo’, a Linha 1, inaugurada em 1974, foi a primeira do Metrô de São Paulo e liga a Zona Norte à Zona Sul, passando por bairros como Liberdade e Sé, no Centro.

Já a Linha 20 é um projeto que visa conectar a Lapa, na Zona Oeste, a São Bernardo do Campo e Santo André, levando o Metrô ao ABC pela primeira vez.

Estratégia para privatizações de linhas do Metrô de SP

Tarcísio explicou que, no leilão, avaliarão as condições das estações da Linha 1 para possíveis melhorias, além de considerar a reforma das linhas da CPTM que estão em operação.

A privatização seguirá um modelo adotado pelo governo, onde uma linha já em operação acaba sendo concedida junto à construção de um novo ramal.

Isso permite que a empresa privada administre a linha existente, gerando receita, enquanto toca uma nova obra.

Em fevereiro de 2024, o governo realizou o leilão do Trem Intercidades (TIC) Campinas, juntamente com a concessão da Linha 7 (Rubi) da CPTM.

O consórcio vencedor foi formado pelo Grupo Comporte e pela CRRC Sifang, fabricante de trens chinesa.

Após a Linha 1, o governo paulista pretende conceder a Linha 3 (Vermelha), a mais movimentada da cidade, em conjunto com a Linha 16 (Violeta), que ainda está em fase inicial de planejamento.

Também está nos planos a privatização da Linha 2 (Verde) junto à Linha 19 (Celeste), que ligará o Centro da cidade a Guarulhos.

A meta do governador é privatizar todas as linhas do Metrô e da CPTM até o final de seu mandato, em 2026.

As duas estatais, no entanto, não acabarão extintas, mas terão um novo papel voltado ao planejamento de novos projetos de expansão e obras, em vez de administrar os serviços diariamente.

Reestruturação do transporte público em São Paulo

Atualmente, quatro linhas estão privatizadas:

  • as linhas 8 (Diamante) e 9 (Esmeralda) da CPTM;
  • além das linhas 4 (Amarela) e 5 (Lilás) do Metrô;
  • todas operadas pela CCR, através das empresas ViaQuatro e ViaMobilidade.

A CCR também se responsabilizará pela Linha 17 (Ouro), o monotrilho prometido para a Copa de 2014, mas que ainda não acabou. A Linha 7 (Rubi) será a próxima a ser privatizada, após o leilão do TIC Campinas.

A Linha 6 (Laranja), que está em construção, também será privatizada desde o início, com a obra sendo realizada pela Acciona e a operação sob responsabilidade do consórcio Linha Uni.

Outras privatizações previstas incluem as linhas 11 (Turquesa), 11 (Coral), 12 (Safira) e 13 (Jade), que podem ocorrer até o próximo ano.

A Linha 11 (Turquesa), por exemplo, pode acabar sendo concedida junto à construção da Linha 14 (Ônix), que ligará o município de Guarulhos à capital.

A principal razão para essa série de privatizações é a situação financeira das empresas públicas, que têm enfrentado dificuldades nos últimos anos.

O governo estadual considera que as empresas não têm capacidade para realizar as obras e expandir a rede de forma eficiente.

Em 2022, a CPTM registrou um prejuízo de R$ 432 milhões, enquanto o Metrô teve um déficit de R$ 1,16 bilhão.

Isso ocorre devido à dependência das tarifas como principal fonte de receita, um modelo que se mostrou insustentável após a queda no número de passageiros durante a pandemia.

Até hoje, o número de usuários não voltou aos níveis anteriores à crise sanitária.

Considerações finais

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, anunciou a privatização da gestão da Linha 1-Azul do Metrô e a construção da Linha 20 (Rosa), conectando a capital ao ABC Paulista.

A privatização visa melhorar a eficiência do transporte público, frente a dificuldades financeiras das empresas estatais, como a CPTM e o Metrô, que enfrentam prejuízos.

O governo planeja privatizar todas as linhas do Metrô e da CPTM até 2026, com o modelo de concessão de linhas existentes junto à construção de novos ramais.

Esse processo busca garantir expansão e melhorias, mas levanta questões sobre o impacto para os usuários.

Qual o preço da passagem de metrô em São Paulo?

Conforme as informações do ‘G1’, desde o dia 06 de janeiro deste ano, a tarifa do metrô em São Paulo é R$ 5,20. Se aplicando também as concessões privadas.

Porém, quem tiver carregado o Bilhete Único até o domingo (5) continuará pagando o valor antigo das tarifas por até 180 dias. A informação é da SPTrans, a empresa de transporte do município.

Após este prazo, será descontado o preço com o reajuste.

Fonte: https://www.otvfoco.com.br/fim-de-uma-era-na-linha-1-azul-do-metro-de-sp-chega-em-2025/amp/

Governo de SP publica edital de concessão das linhas 11, 12 e 13 de trens

O Governo de  São Paulo publicou no Diário Oficial desta terça-feira (3), o aviso de licitação para o processo de concessão das linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade de trens urbanos.

Essas linhas operadas pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) representam o chamado Lote Alto Tietê do plano de concessões da Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI).

O consórcio ou empresa vencedora deverá ser responsável pela operação, manutenção, conservação, implantação de obras civis e sistemas, melhorias, requalificação, adequação, modernização e expansão do sistema nestes três ramais.

O edital estará disponível para os interessados a partir de hoje, 3 de dezembro, permitindo análise das regras e demais informações sobre o processo de concessão.

O leilão teve a antecipação em relação à data divulgada anteriormente para o recebimento das propostas que será em 25 de março, na sede da B3 em São Paulo, às 10h. Já o leilão, acontece três dias depois, em 28 de março no mesmo local às 16h.

Atualmente, as três linhas somam 102 quilômetros de extensão, com 29 estações em operação. Com a concessão haverá a ampliação de 22,6 km; melhoria da rede aérea, via permanente e sinalização; e a implantação de equipamentos e sistemas. A demanda estimada em 2040, segundo os estudos, é de 1,3 milhão passageiros/dia.

Cidades como Poá, Ferraz de Vasconcelos e Suzano, também atendidas e impactadas diretamente pela concessão, não foram atendidas com um destes encontros, restando aos interessados nestes municípios, participar das audiências em outros locais.

A estimativa de investimento no projeto das três linhas é na ordem de R$ 12,5 bilhões e o atendimento a pleitos antigos da população como, por exemplo, a construção da estação César de Souza, em Mogi das Cruzes, e a extensão da Linha 13-Jade até Bonsucesso, em Guarulhos, além da construção de dez novas estações, entre elas, Cézar de Souza em Mogi das Cruzes.

futura operadora deverá contar com uma frota total de 103 trens para atender os três ramais, número superior inclusive ao atual empregado neste trecho, e até o momento conforme os documentos do processo, sem a necessidade inicial da compra de mais trens.

Após este a concessão, restará apenas a Linha 10-Turquesa na administração da CPTM, onde a companhia segundo a gestão de Tarcísio de Freitas, deverá passar a ter um papel de agência reguladora das concessões do transporte ferroviário.

Fonte: https://revistaferroviaria.com.br/2024/12/governo-de-sp-publica-edital-de-concessao-das-linhas-11-12-e-13-de-trens/

Primeiro trem do Metrô que chegará ao Aeroporto de Congonhas é liberado e segue para montagem em São Paulo

Começa a ser realizado amanhã o transporte do primeiro trem do monotrilho da Linha 17-Ouro, que chegará ao Aeroporto de Congonhas, para a cidade de São Paulo. A composição veio da China e chegou ao Brasil no Porto de Santos, de onde então seguirá viagem para a capital paulista após passar pelo processo de liberação aduaneira

Trem para Congonhas quase pronto para operar

O transporte será feito em oito carretas, cada uma medindo 30 metros de comprimento, cinco metros de altura e três de largura, segundo informações do jornal Diário do Transporte.

O deslocamento vai acontecer durante a noite e madrugada de sábado para domingo, horário escolhido para reduzir o impacto no trânsito.

São estimados cerca de 30 dias para que a montagem do trem seja feita. Depois disso, ele passará por testes até obter o certificado de segurança e enfim ser liberado para operação.

A segunda unidade chegará ao Brasil ainda este ano e as demais serão entregues ao longo de 2025, segundo o cronograma estabelecido.

O Metrô retomou a construção da Linha 17-Ouro em setembro do ano passado e vem avançando nas obras desde então.

A meta é concluir a obra bruta até o final de 2025, permitindo o avanço da instalação de sistemas para a abertura da linha em 2026, que vai ligar o Aeroporto de Congonhas à rede de transporte sobre trilhos e beneficiar 100 mil pessoas diariamente.

Como são os trens do metrô que irão para Congonhas

Cada composição do monotrilho é formada por cinco carros, sendo que os de extremidade tem 21 assentos cada e os carros intermediários contam com 24 assentos cada. A capacidade total é para 616 passageiros, incluindo assentos prioritários e áreas para pessoas com deficiência.

O trem tem passagem livre entre os carros, sistema de ar-condicionado, iluminação LED, câmeras de vigilância, sistema de detecção e combate a incêndio, sistema de comunicação audiovisual aos passageiros com mapa de linha dinâmico e intercomunicador para contato ao Centro de Controle Operacional (CCO).

Cada carro tem quatro portas (duas em cada lado) medindo 1,6 metros de largura que respeitam as normas e critérios de acessibilidade.

As laterais estão equipadas com janelas panorâmicas, permitindo visualizar o trajeto, além de janelas tipo basculantes, que podem ser abertas caso necessário, garantindo ventilação de emergência para os passageiros.

Fonte: https://www.melhoresdestinos.com.br/primeiro-trem-aeroporto-congonhas-transporte-sp.html

Linha 22-Marrom terá 19 estações em SP, Osasco e Cotia

Gazeta de SP – A futura Linha 22-Marrom do Metrô tem previsão de ter 19 estações e vai passar pela Capital e mais dois municípios da região oeste da Grande São Paulo: Cotia e Osasco.

O projeto está em fase de elaboração do Anteprojeto de Engenharia, segundo o Metrô informou à reportagem da Gazeta nesta semana.

Da estação Sumaré à Cotia

Segundo estudos do Governo de São Paulo, o trajeto se iniciará na estação Sumaré, na zona oeste da capital paulista, e terminará em Cotia. Nesse percurso passará ainda por Osasco, uma das cidades mais populosas da região metropolitana.

O percurso terá 29 quilômetros, caso se concretize. As estações que serviriam Osasco seriam Victor Civita e Santa Maria. Já outras sete estariam em Cotia e 10 na Capital.

Veja as estações da Linha 22-Marrom
Na Capital, haverá 10 estações: Sumaré, Teodoro Sampaio, Faria Lima, Hebraica-Rebouças, Vital Brasil, Universidade de São Paulo, Rio Pequeno, Jardim Esmeralda, Monte Belo e Jardim Boa Vista.

Já em Osasco são duas: Victor Civita e Santa Maria.

Por sua vez, Cotia contaria com 7 estações da Linha 22-Marrom: Granja Viana, Mesopotâmia, Estrada do Embu, Parque Alexandre, Sabiá, Santo Antônio e Cotia.

Antes prevista para ter seu terminal em Pinheiros, a ideia passou a ser que a linha termine na estação Sumaré, permitindo conexão direta com a Linha 2-Verde.

Todos os projetos do Metrô

O Metrô e as concessionárias que atuam no transporte sobre trilho têm atualmente 26 projetos em andamento na Capital e na Grande São Paulo – entre estudos, análises e obras em si. As informações foram passadas à Gazeta por diferentes Pastas do governo paulista.

Fonte: https://revistaferroviaria.com.br/2024/08/linha-22-marrom-tera-19-estacoes-em-sp-osasco-e-cotia/

Onde fazer passeios de trem no Brasil? Veja dicas de Pernambuco a São Paulo

CNN Brasil – O Brasil é um país com vasta variedade de paisagens: desde montanhas e cerrados até cenários litorâneos. Uma das formas para aproveitar essas vistas, inclusive, é com passeios de trens. As viagens passam por diversos pontos turísticos, sendo que os pacotes costumam incluir uma parada para almoço.

Há opções de passeios em diferentes partes do país — do Sul ao Nordeste — e até em épocas específicas do ano, como as festas juninas. Esse é o caso do Trem do Forró, que acontece em junho, e leva os visitantes de Recife, em Pernambuco, até Cabo de Santo Agostinho.

Além dele, há viagens em São PauloParanáRio Grande do Sul, onde passageiros podem visitar uma vinícola na fronteira com o Uruguai, e Minas Gerais.

Veja, abaixo, dicas de passeios de trem pelo Brasil

  • Trem Republicano — São Paulo

A agência de viagem Serra Verde Express lança o Trem Republicano, um passeio entre as cidades de Itu e Salto, no interior de São Paulo. Almoço no restaurante Stazione Salto, às 12h30, também está incluso no pacote.

Saindo de ônibus pelo terminal da Barra Funda, na capital paulista, a primeira parada é no Museu Republicano, onde visitantes conhecem a história da Proclamação da República. Depois, viajam até o Centro Histórico de Itu, o Parque Rocha Moutonnée, onde visitam formações rochosas e conseguem observar réplicas de dinossauros. Também há almoço no restaurante Stazione Salto, às 12h30.

Com guia turístico, almoço e tour pelos municípios, o pacote custa R$ 329 para adultos, mas há preços especiais para crianças. Pode ser adquirido aqui.

  • Trem do Pampa — Rio Grande do Sul

Ideal para amantes de vinho, o passeio do Trem do Pampa, operado pela Giordani Turismo, passa pelas paisagens do Cerro Palomas, as típicas planícies gaúchas, e oferece degustação das bebidas da região.

Com aproximadamente três horas de passeio, os passageiros podem sair de Sant’Anna do Livramento e chegar até a Vinícola Almadén, que faz fronteira com Rivera, no Uruguai — ou vice-versa.

A visita à vinícola dura, aproximadamente, uma hora. Lá, passageiros degustam vinhos, acompanham uma apresentação com guia sobre a história do local, visitam o museu do vinhedo e ainda conseguem ver como ocorre a produção das bebidas e conhecer a estrutura local.

O pacote comum custa R$ 135 por pessoa e pode ser adquirido aqui.

  • Trem da Serra do Mar Paranaense — Paraná

Quer desfrutar de belas paisagens? O Trem da Serra do Mar Paranaense é ideal para isso. Com capacidade para até 1.200 pessoas, o passeio percorre 70 quilômetros entre Curitiba e Morretes, no Paraná. Por quatro horas, os passageiros podem avistar cânions, cachoeiras e pontes centenárias.

Com a parada final na cidade litorânea de Morretes, o município fundado por jesuítas em 1733 preserva a história das construções do desenvolvimento do estado. Lá, os visitantes passeiam pela praça, conhecem o artesanato local e provam um prato típico da região: o Barreado — feito com carne bovina cozida em panela de barro, temperada com especiarias e servida com farinha de mandioca e banana.

Passageiros podem escolher entre três categorias de vagões: turística, boutique e litorina de luxo. As duas últimas opções tem compartimentos com decoração temática, sendo que há varanda e ambientação de época em alguns deles. Na classe boutique, visitantes desfrutam de serviço de bordo com bebidas e lanche.

Ainda há carro pet friendly e adaptado para pessoas com deficiência. Os preços variam entre R$ 179 e R$ 405 por pessoa e podem ser adquiridos aqui.

  • Ilha do Mel — Paraná

Para quem quer desfrutar do litoral, o combo de passeio de trem pela Ilha do Mel e Morretes, no Paraná, é uma escolha excelente. No pacote, também está incluso um almoço com opções de peixe, frutos-do-mar, petiscos e mais.

Em meio à Mata Atlântica, a experiência começa na travessia da Baía de Paranaguá e vai até a Ilha do Mel, onde o visitante conhece a Praia do Miguel e visita a Gruta de Encantadas. O passageiro pode observar a biologia marinha local, que tem botos, golfinhos e, dependendo da época do ano, até baleias.

Na viagem de volta à Curitiba, durante o passeio pelos trilhos, os passageiros conhecem a história da Ferrovia Paranaguá-Curitiba, que abriga montanhas, vales, rios, cascatas, penhascos e desfiladeiros.

O valor dos pacotes parte de R$ 605 por pessoa. Os tickets podem ser comprados aqui.

  • Trem das águas — Minas Gerais

Trem das Águas passa pela cidade de São Lourenço, em Minas Gerais. Com a tradicional maria-fumaça, funciona todos os finais de semana e feriado, parte da estação homônima e segue até Soledade de Minas.

Com duração de duas horas em 20 km de passeio, passa pela antiga Estrada de Ferro Minas & Rio, construída em 1884. Os ingressos custam a partir de R$ 99 e podem ser adquiridos aqui.

  • Trem do forró

Para quem busca agito, o Trem do Forró oferece uma festa sob os trilhos, anualmente, durante o período de festa junina — em 2024, o passeio aconteceu entre os dias 8 e 29 de junho.

O trem faz o percurso de Recife, capital de Pernambuco, até a cidade de Cabo de Santo Agostinho. Em todo vagão, há trio de forró, serviço de bar, comidas típicas e quadrilha durante cinco horas e acomodação de até mil passageiros.

Fonte: https://revistaferroviaria.com.br/2024/08/onde-fazer-passeios-de-trem-no-brasil-veja-dicas-de-pernambuco-a-sao-paulo/

BNDES prepara projeto de US$ 3 bilhões em hidrogênio verde para 2025; veja os detalhes

Estadão – Com investimentos estimados entre US$ 2 bilhões (R$ 11 bilhões) e US$ 3 bilhões (R$ 16 bilhões) apenas na primeira fase, o maior projeto de produção de hidrogênio verde no Brasil tem o lançamento previsto para o ano que vem. A informação é da diretora de Infraestrutura do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciana Costa, que revela ainda, em entrevista ao Estadão/Broadcast, que o empreendimento pode chegar a US$ 7 bilhões (R$ 38,5 bilhões) nas fases posteriores de desenvolvimento.

A expectativa é de que a decisão final do investimento, a ser apoiado pelo banco de fomento, seja tomada até meados de 2025. O projeto vem sendo trabalhado pelo BNDES desde o ano passado. “Esperamos que, em 2025, o Brasil anuncie seu primeiro grande projeto de hidrogênio verde”, diz a diretora do BNDES.

A produção de hidrogênio com fontes de energia renováveis, que o faz ser classificado como “verde”, custa mais do que o dobro do produto gerado a partir de combustíveis fósseis, o hidrogênio cinza. Demanda assim o apoio do banco público para o investimento ser viável. “Talvez, perca dinheiro por um tempo até se tornar economicamente viável. Mas como toda tecnologia, ela é cara quando está sendo introduzida, e depois o preço cai”, comenta Luciana.

A vantagem do Brasil é que, além de ter já mais de 80% da energia elétrica gerada por fontes limpas, o preço da energia renovável do País é de aproximadamente metade da média de grandes economias, tendo como referência o custo nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A energia renovável corresponde a 70% do custo do hidrogênio verde, apontado como um dos mais promissores substitutos dos combustíveis fósseis.

“Somos muito competitivos em energia. Por isso que digo: o mundo está fazendo a transição energética e o Brasil está bem posicionado no setor de energia”, afirma a diretora.

O BNDES também pretende destravar investimentos em biometano – isto é, o gás combustível produzido a partir da decomposição de materiais orgânicos como o bagaço da cana-de-açúcar e restos de alimentos. O banco avalia que o Brasil pode ser o quinto maior produtor mundial de biometano.

Na entrevista, a diretora do BNDES antecipa que o banco de fomento mais do que dobrou as aprovações de financiamento em infraestrutura. O balanço com os resultados do BNDES no segundo trimestre será divulgado amanhã, 13 de agosto.

Um dos destaques recentes foi a aprovação do apoio financeiro de R$ 10,75 bilhões a obras, que somam R$ 15 bilhões, na via Dutra e na Rio-Santos, rodovias operadas pela CCR. Na esteira desse projeto, Luciana Costa conta que o BNDES aprovou na quinta-feira, 8, uma operação de R$ 1,3 bilhão para investimentos em rodovia no modelo de project finance non-recourse, estrutura também usada no contrato com a CCR. Nesse modelo de financiamento, o projeto entra como a garantia da dívida, sem a cobrança de aval ou fiança dos investidores.

Lembrando da promessa feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva de entrega da Transnordestina até 2027, a diretora do BNDES pontuou também que um ciclo de investimentos em ferrovias está no horizonte da instituição.

Crédito ao Aeroporto de Porto Alegre

O BNDES está afinando “os últimos detalhes” para a concessão de uma nova linha de crédito em socorro à Fraport, concessionária que opera o Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre (RS). O banco está ainda em vias de aprovar uma operação financeira de apoio ao setor de saneamento no Rio Grande do Sul, em meio aos esforços de reconstrução da infraestrutura do Estado, após a tragédia climática.

“A logística e a infraestrutura precisam ser restabelecidas para a economia voltar. Então, o BNDES foi muito rápido na aprovação das linhas para a reconstrução da parte de infraestrutura do Rio Grande do Sul. O aeroporto está muito perto (da recuperação) e já há uma linha disponível para a Fraport também, só acertando os últimos detalhes”, contou Luciana Costa.

Na semana passada, o ministro da Secretaria para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, e o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, anunciaram a autorização para o aeroporto retomar a venda de passagens aéreas à população. Segundo o governo, o aeroporto será parcialmente reaberto em 21 de outubro, e a concessionária previa operar com plena capacidade a partir de 16 de dezembro.

“Então, a infraestrutura está bem coberta do ponto de vista de aprovação (de linhas). E acompanhamos o restabelecimento dos serviços e a reconstrução da infraestrutura”, afirmou Costa.

Em julho, a Fraport divulgou que o valor das obras de recuperação da estrutura do aeroporto internacional de Porto Alegre, incluindo a pista de pousos e decolagens, está estimado em R$ 700 milhões. O BNDES já tinha anunciado em junho a suspensão por 12 meses dos pagamentos de empréstimos para o aeroporto de Porto Alegre.

“Em 2018, o BNDES aprovou financiamento de R$ 1,25 bilhão à Fraport Brasil para ampliação, modernização e manutenção da infraestrutura do Aeroporto Salgado Filho. Com prazo de 20 anos na modalidade Project Finance, o apoio correspondeu a mais de 60% do total dos R$ 1,6 bilhão investido”, lembrou o banco de fomento.

Na semana passada, o BNDES comunicou já ter mobilizado R$ 8,5 bilhões para empresas gaúchas afetadas pela tragédia climática. Mais de 33,3 mil contratos tiveram pagamentos suspensos por 12 meses, totalizando cerca de R$ 1,6 bilhão, sendo 59 operações diretas com grandes empresas, que somam R$ 398,8 milhões.

Houve aprovação também de um financiamento de R$ 1,394 bilhão à RGE Sul Distribuidora de Energia S.A. (RGE Sul) “para adaptação às mudanças climáticas e mitigação dos seus efeitos decorrentes dos eventos climáticos extremos que afetaram o Rio Grande do Sul em maio”.

A distribuidora é responsável por cerca de 65% da energia elétrica consumida no Estado, atendendo a 7,1 milhões de pessoas em 3,1 milhões de unidades consumidoras. A operação incluiu uma cláusula específica para preservação de empregos, e a população gaúcha também seria beneficiada com a suspensão da correção tarifária que seria adotada neste ano.

O banco aprovou ainda R$ 100 milhões em crédito emergencial à concessionária Caminhos da Serra Gaúcha S/A, que opera 271,54 km de rodovias em 18 municípios gaúchos, e outros R$ 125 milhões para a Concessionária das Rodovias Integradas do Sul S.A. (Viasul), que também teve sua malha de 473,4 km afetada pelos eventos climáticos.

“Já aceleramos muita coisa de reconstrução de infraestrutura. Já aprovamos duas operações de rodovias, já aprovamos para energia, estamos em vias de aprovar saneamento, porque a logística precisa ser restabelecida”, enumerou Luciana Costa.

Risco climático

Luciana Costa lembrou ao Estadão/Broadcast que o BNDES já tem linhas de financiamento para adaptação e resiliência às mudanças climáticas, no âmbito do Fundo Clima, mas também está começando a testar modelos de riscos climáticos para serem incorporados aos processos de aprovação de financiamentos do banco de fomento. A executiva diz que o trabalho tem o apoio do cientista Carlos Nobre, que integra o Conselho de Administração do banco de fomento, e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

“Imagina que esses investimentos que aprovamos, às vezes, são de 30 anos. Em 30 anos, vai mudar a tecnologia, pode ter uma catástrofe onde está o aeroporto. Estamos incorporando modelos de riscos climáticos nos nossos processos de aprovação”, afirmou a diretora do BNDES, acrescentando que o aquecimento global já aconteceu, portanto, é preciso adaptar a infraestrutura do País a suas consequências.

“E num país que tem de construir tanta infraestrutura, precisa ter o risco climático incorporado”, defendeu. “Já analisamos o impacto ambiental do projeto, o impacto social e agora vamos começar com impacto de risco climático. Porque todo projeto tem um rating, tem uma nota de risco. Vamos ter de incluir uma nota de risco climático, fazendo eventualmente sugestão como ‘olha, para essa rodovia ser mais resiliente, precisa acontecer isso e aquilo’”, completou.

Fonte: https://revistaferroviaria.com.br/2024/08/bndes-prepara-projeto-de-us-3-bilhoes-em-hidrogenio-verde-para-2025-veja-os-detalhes/

Guia Definitivo do Expresso Turístico da CPTM: Saiba os destinos, abertura das vendas e gratuidade

Se você está em busca de um passeio divertido e acessível para toda a família, o Expresso Turístico da CPTM é a escolha certa. Aos sábados e domingos, uma locomotiva restaurada dos anos 50 parte da Estação da Luz (Praça da Luz, 1, Bom Retiro), conduzindo passageiros a três destinos fascinantes: Paranapiacaba, Jundiaí e Mogi das Cruzes.

Com 174 poltronas confortáveis e espaço reservado para cadeiras de rodas, o Expresso Turístico oferece uma experiência agradável para todos. Para se ter uma ideia, mais de 200 mil pessoas já embarcaram nessa aventura desde 2009, aproveitando uma viagem única e inclusiva. A bordo, você poderá apreciar paisagens deslumbrantes, conhecer um pouco da história do estado de São Paulo e ainda viver momentos incríveis.

Três rotas, três aventuras

O Expresso Turístico da CPTM oferece três roteiros sensacionais: Luz-Paranapiacaba, que você pode desfrutar em alguns sábados e todos os domingos; Luz-Jundiaí, disponível quinzenalmente aos sábados; e Luz-Mogi das Cruzes, agendado para o terceiro sábado de cada mês.

Paranapiacaba

Este é o destino favorito dos passageiros, e não é difícil entender porquê. A charmosa “vila inglesa”, que não é atendida por trens metropolitanos regulares, oferece uma aventura exclusiva com um clima gostoso de montanha, neblina frequente e arquitetura histórica.

Duas visitas que recomendamos são o Museu Castelo e o Museu Ferroviário. O primeiro conta a história da vila e seu papel na história ferroviária do Brasil, enquanto o segundo apresenta uma visão detalhada dos trabalhos na ferrovia. No mês de julho, é possível também participar do Festival de Inverno de Paranapiacaba, uma celebração de gastronomia e cultura que promete alegrar toda a família. E claro, você poderá experimentar o cambuci, fruta nativa da Mata Atlântica, muito usado nos pratos dos restaurantes locais.

Jundiaí

Chamada de “Terra da Uva”, Jundiaí é uma das maiores cidades do interior paulista e possui uma forte herança italiana em sua cultura, gastronomia e até mesmo na arquitetura. A cidade conta com diversas atrações para todas as idades, como o Museu Histórico e Cultural de Jundiaí, o Parque da Cidade e o Mundo das Crianças. A Serra do Japi também é um convite irrecusável para quem curte natureza, oferecendo trilhas incríveis e vistas panorâmicas deslumbrantes.

E se você é amante de um bom vinho, saiba que o local é conhecido por seus mais de 200 produtores de uva, em uma área que chega a alcançar 500 hectares.

Mogi das Cruzes

Com uma cultura local, marcada pela presença de imigrantes japoneses, Mogi das Cruzes oferece trilhas para todos os níveis e um roteiro ecocultural repleto de atrações, como o Parque Centenário da Imigração Japonesa e o Orquidário Oriental.

A cidade se destaca como um importante centro produtor de flores e frutas, em especial as orquídeas, o caqui e a lichia. Essa riqueza natural não só fortalece a economia local, mas também proporciona aos visitantes a oportunidade de desfrutar de produtos diretamente dos pomares e estufas da região.

Além disso, Mogi encanta pela sua história e arquitetura. O Centro Histórico da cidade preserva construções antigas, como a Catedral de Sant’Anna, inaugurada no século XVII, e o Casarão do Chá, que remonta ao período colonial.

Ingressos e descontos

Para adquirir os ingressos do Expresso Turístico, basta acessar o site da CPTM na primeira semana de cada mês, quando as vendas para as viagens do mês seguinte são liberadas Lembre-se de garantir seu lugar com antecedência, pois as vagas são limitadas e muito disputadas! Os bilhetes têm um custo de R$ 50,00 para ida e volta, com meia-entrada disponível por R$ 25,00. Confira abaixo quem tem direito ao benefício da meia-entrada:

  • Estudantes com a apresentação da Carteira de Identificação Estudantil (CIE).
  • Idosos a partir de 60 anos, mediante apresentação do RG.
  • Jovens de 15 a 29 anos inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) e com renda familiar mensal de até 2 salários mínimos.
  • Pessoas com transtorno do espectro autista, acompanhadas quando necessário.
  • Pessoas com deficiência (PCD), também acompanhadas quando necessário.

Para grupos, há descontos progressivos, sendo possível chegar a R$ 148,00 para quatro pessoas. Além disso, crianças até 6 anos viajam gratuitamente, tornando a experiência ainda mais acessível para as famílias.

Mais que um passeio

O Expresso Turístico não é apenas uma viagem, mas uma experiência completa que combina história, cultura e lazer. Partindo às 8h30 da plataforma 4 da Estação da Luz e retornando às 16h30 dos destinos visitados, cada passeio é uma oportunidade de se desconectar da correria do dia a dia e se reconectar com a família e a beleza de São Paulo.

E olha que interessante! A CPTM está se preparando para trazer melhorias emocionantes nos próximos anos. Isso inclui a implementação de um vagão restaurante, para proporcionar mais conforto e experiências incríveis aos passageiros, e a adição de novas rotas turísticas.

Informações essenciais sobre as viagens:

Embarque: Estação da Luz, São Paulo
Horário: Início às 8h00 com partida às 8h30
Duração do percurso: Aproximadamente 1h30
Bilhetes: A partir de R$ 50 (ida e volta)
Descontos: Meia-entrada para estudantes, idosos, pessoas com deficiência e outros. Crianças de até 6 anos não pagam.
Recomendações extras: Não deixe para comprar os bilhetes de última hora, especialmente durante feriados e alta temporada. Leve água, protetor solar, repelente de mosquitos e claro, sua câmera, para poder registrar tudo.

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Trem turístico da CPTM completa 15 anos de operação

O Expresso Turístico da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) completará nesta quinta-feira (18) 15 anos de operação atendendo passageiros que desejam visitar Paranapiacaba, Mogi das Cruzes e Jundiaí.

O trem parte aos finais de semana da estação da Luz, na capital, mas não de forma simultânea para os três destinos –ou seja, nem todos os destinos estão disponíveis em todos os finais de semana.

Desde o início das atividades, já foram transportados cerca de 200 mil passageiros em 1.319 viagens, tendo Paranapiacaba como destino preferencial. O número poderia ser maior, não fosse a interrupção de praticamente um ano e meio nas operações devido à pandemia de Covid-19.

No primeiro trimestre deste ano, foram 8.230 passageiros transportados até a histórica vila de Paranapiacaba, o que representa 59,5% mais que os 5.159 levados no mesmo período do ano passado.

O percurso é o menor entre os três oferecidos, com 48 km, mas o mais procurado pelos turistas justamente pela história envolvendo Paranapiacaba e a forte influência inglesa na vila. Ela foi primordial para a SPR (São Paulo Railway), ferrovia histórica que ligava Santos a Jundiaí e que, a partir dela, permitiu o desenvolvimento e desbravamento do interior paulista.

Segundo a CPTM, o objetivo da manutenção do serviço operado aos finais de semana é permitir o transporte ferroviário de passageiros e preservar a história paulista.

Além de apreciar a paisagem por ângulos normalmente não vistos, o turista também conhece no trajeto parte da história da ferrovia e das estações. Guias turísticos especializados nos roteiros fornecem informações históricas e curiosidades sobre os destinos.

Para Jundiaí, numa viagem de 60,5 km e segundo destino preferido pelos turistas, 2.063 passageiros viajaram entre a capital e a cidade de janeiro a março, ou 66,9% mais que os 1.236 de igual período de 2023.

Mogi das Cruzes foi o destino de 302 passageiros neste ano, ante os 178 do primeiro trimestre do ano passado. O trecho entre a estação da Luz e a estação de Mogi tem 55 km de extensão.

Para este ano, a previsão da CPTM é transportar um total de 36 mil visitantes, para os três destinos.

LUXO NOS TRILHOS

De acordo com a CPTM, para o futuro é estudada a inclusão de uma categoria luxo no transporte turístico, com o uso de uma litorina (automotriz), com ambiente climatizado e a possibilidade de oferecer serviço de bordo.

A companhia prevê, ainda, a implantação de um vagão restaurante e mais propostas de destinos, para ampliar o público.

Os bilhetes para as viagens são vendidos pelo site da Imply e a liberação ocorre na primeira semana de cada mês. Não há pontos de venda físicos.

Além de sábados e domingos, os embarques são realizados também nos feriados. Os passageiros iniciam o embarque às 8h e o trem parte meia hora depois. O retorno tem embarque iniciado às 16h e partida às 16h30.

A CPTM transporta em média 1,6 milhão de passageiros em dias úteis, em quase 1.700 viagens. As cinco linhas da companhia somam 196 km de trilhos, dos quais 95 km estão na capital.

Fonte: https://revistaferroviaria.com.br/2024/04/trem-turistico-da-cptm-completa-15-anos-de-operacao/