Canetada de Tarcísio: Fim de uma era na linha 1-Azul do metrô de SP chega voando no colo de paulistas em 2025
Tarcísio de Freitas (Republicanos) baixa a canetada em São Paulo e crava o fim de uma era na Linha 1-Azul do metrô
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, anunciou que pretende conceder a gestão da Linha 1-Azul do Metrô à iniciativa privada neste ano, cravando o fim de uma era no transporte público paulista.
Conforme apurado pelo TV FOCO, a privatização ocorrerá no mesmo leilão que definirá a responsável pela construção e operação da futura Linha 20 (Rosa), que conectará a capital paulista ao ABC Paulista.
De acordo com as informações do portal ‘O Globo’, a Linha 1, inaugurada em 1974, foi a primeira do Metrô de São Paulo e liga a Zona Norte à Zona Sul, passando por bairros como Liberdade e Sé, no Centro.
Já a Linha 20 é um projeto que visa conectar a Lapa, na Zona Oeste, a São Bernardo do Campo e Santo André, levando o Metrô ao ABC pela primeira vez.
Estratégia para privatizações de linhas do Metrô de SP
Tarcísio explicou que, no leilão, avaliarão as condições das estações da Linha 1 para possíveis melhorias, além de considerar a reforma das linhas da CPTM que estão em operação.
A privatização seguirá um modelo adotado pelo governo, onde uma linha já em operação acaba sendo concedida junto à construção de um novo ramal.
Isso permite que a empresa privada administre a linha existente, gerando receita, enquanto toca uma nova obra.
Em fevereiro de 2024, o governo realizou o leilão do Trem Intercidades (TIC) Campinas, juntamente com a concessão da Linha 7 (Rubi) da CPTM.
O consórcio vencedor foi formado pelo Grupo Comporte e pela CRRC Sifang, fabricante de trens chinesa.
Após a Linha 1, o governo paulista pretende conceder a Linha 3 (Vermelha), a mais movimentada da cidade, em conjunto com a Linha 16 (Violeta), que ainda está em fase inicial de planejamento.
Também está nos planos a privatização da Linha 2 (Verde) junto à Linha 19 (Celeste), que ligará o Centro da cidade a Guarulhos.
A meta do governador é privatizar todas as linhas do Metrô e da CPTM até o final de seu mandato, em 2026.
As duas estatais, no entanto, não acabarão extintas, mas terão um novo papel voltado ao planejamento de novos projetos de expansão e obras, em vez de administrar os serviços diariamente.
Reestruturação do transporte público em São Paulo
Atualmente, quatro linhas estão privatizadas:
- as linhas 8 (Diamante) e 9 (Esmeralda) da CPTM;
- além das linhas 4 (Amarela) e 5 (Lilás) do Metrô;
- todas operadas pela CCR, através das empresas ViaQuatro e ViaMobilidade.
A CCR também se responsabilizará pela Linha 17 (Ouro), o monotrilho prometido para a Copa de 2014, mas que ainda não acabou. A Linha 7 (Rubi) será a próxima a ser privatizada, após o leilão do TIC Campinas.
A Linha 6 (Laranja), que está em construção, também será privatizada desde o início, com a obra sendo realizada pela Acciona e a operação sob responsabilidade do consórcio Linha Uni.
Outras privatizações previstas incluem as linhas 11 (Turquesa), 11 (Coral), 12 (Safira) e 13 (Jade), que podem ocorrer até o próximo ano.
A Linha 11 (Turquesa), por exemplo, pode acabar sendo concedida junto à construção da Linha 14 (Ônix), que ligará o município de Guarulhos à capital.
A principal razão para essa série de privatizações é a situação financeira das empresas públicas, que têm enfrentado dificuldades nos últimos anos.
O governo estadual considera que as empresas não têm capacidade para realizar as obras e expandir a rede de forma eficiente.
Em 2022, a CPTM registrou um prejuízo de R$ 432 milhões, enquanto o Metrô teve um déficit de R$ 1,16 bilhão.
Isso ocorre devido à dependência das tarifas como principal fonte de receita, um modelo que se mostrou insustentável após a queda no número de passageiros durante a pandemia.
Até hoje, o número de usuários não voltou aos níveis anteriores à crise sanitária.
Considerações finais
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, anunciou a privatização da gestão da Linha 1-Azul do Metrô e a construção da Linha 20 (Rosa), conectando a capital ao ABC Paulista.
A privatização visa melhorar a eficiência do transporte público, frente a dificuldades financeiras das empresas estatais, como a CPTM e o Metrô, que enfrentam prejuízos.
O governo planeja privatizar todas as linhas do Metrô e da CPTM até 2026, com o modelo de concessão de linhas existentes junto à construção de novos ramais.
Esse processo busca garantir expansão e melhorias, mas levanta questões sobre o impacto para os usuários.
Qual o preço da passagem de metrô em São Paulo?
Conforme as informações do ‘G1’, desde o dia 06 de janeiro deste ano, a tarifa do metrô em São Paulo é R$ 5,20. Se aplicando também as concessões privadas.
Porém, quem tiver carregado o Bilhete Único até o domingo (5) continuará pagando o valor antigo das tarifas por até 180 dias. A informação é da SPTrans, a empresa de transporte do município.
Após este prazo, será descontado o preço com o reajuste.
Fonte: https://www.otvfoco.com.br/fim-de-uma-era-na-linha-1-azul-do-metro-de-sp-chega-em-2025/amp/