O volume de cargas transportado por trens no Brasil cresceu 5,7% de abril a maio ante mesma etapa de 2019, mesmo com o impacto das medidas de isolamento social, por causa da pandemia do coronavírus, segundo dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), divulgados pelo Ministério da Infraestrutura.
Segundo o levantamento, o mês de abril registrou alta de 19,9% ano a ano, para 37,3 milhões de toneladas úteis, enquanto em maio houve retração de 5,1% a 39 milhões de toneladas úteis.
Segundo o ministério, o crescimento em abril, refletiu os maiores carregamentos de minério de ferro, do agronegócio e do setor de papel e celulose, que responderam por 90,2% do total, com destaque para a Estrada de Ferro Carajás.
Em maio houve novo impulso do setor agrícola, extração vegetal e celulose, com 8,4 milhões de toneladas úteis transportadas, máxima histórica, contra 6,6 milhões de TUs em maio de 2019. Todas as concessionárias focadas no setor apresentaram crescimento, com exceção da Rumo Malha Paulista.
Os números mostram como o setor ferroviário de longa distância, concentrado em transporte de cargas, destoou dos demais modais, como de aeroportos e rodovias, que foram impactados pelas medidas de isolamento social.
Os dados surgem enquanto o governo federal tenta levar adiante planos para concessão de ferrovias como Fiol (BA) e Ferrogrão (MT-PA), mesmo com a forte volatilidade do mercado financeiro devido aos efeitos econômicos da pandemia.
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