Sindicatos dos Metroviários e de Ferroviários marcaram paralisação de 24 horas para a primeira terça-feira de outubro em protesto contra as privatizações anunciadas pelo governo Tarcísio de Freitas

São Paulo deverá enfrentar dificuldades na mobilidade urbana que há muito tempo não ocorriam. O motivo é a greve conjunta de funcionários do Metrô e da CPTM, marcada para a terça-feira, 3 de outubro.

A paralisação de 24 horas foi aprovada pelos sindicatos das categorias como forma de protesto sobre os planos de concessão e privatização das duas companhias estaduais de transporte e também da Sabesp, estatal responsável pelo saneameno básico no estado.

Nesta terça-feira, o Sindicato dos Metroviários aderiu à greve em assembleia realizada durante a noite. Dois sindicatos ligados à CPTM também já haviam confirmado a decisão de cruzar os braços.

A greve deverá afetar as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata do Metrô e as linhas 7-Rubi, 10 Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade da CPTM.

Já os quatro ramais operados pela iniciativa privada (linhas 5-Lilás, 4-Amarela, 8-Diamante e 9-Esmeralda) em tese deverão funcionar normalmente. Apesar disso, o impacto no deslocamento dos passageiros deve ser grande já que tem sido raro que as greves no Metrô e na CPTM coincidam já que as negociações por reajustes anuais é feita separadamente.

Planos de conceder malha sobre trilhos até 2026

A despeito dos protestos dos funcionários do Metrô e da CPTM, o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) não tem mostrado qualquer relutância em seguir com o plano de desestatização.

Durante a 29ª Semana Metroferroviária, realizada na semana passada em São Paulo, o secretário executivo da Secretaria de Parcerias em Investimento, André Isper Rodrigues Barnabé, atualizou a situação do projeto.

Segundo ele, o governo pretende repassar para a inciativa privada todos os ramais atualmente em operação pelas empresas estaduais até 2026.

Os sindicatos e funcionários do Metrô e da CPTM têm, por outro lado, criticado o serviço prestado pelas concessionárias, sobretudo a ViaMobilidade nas linhas 8 e 9.

A greve tem como pauta exigir que o governador Tarcísio de Freitas suspenda o “processo de privatizações imediatamente, cancele os pregões de terceirizações do Metrô e consulte a população através de um plebiscito oficial sobre a entrega das empresas à iniciativa privada”.

Fonte: https://www.metrocptm.com.br/sao-paulo-tera-greve-conjunta-no-metro-e-na-cptm-no-dia-3-de-outubro/