Os números da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram a situação completamente diferente dos serviços de transporte de passageiros e de cargas.
Enquanto o primeiro está 0,4% acima do patamar observado em fevereiro de 2020, marco do pré-pandemia, o último se encontra 31,7% acima daquele patamar.
A distância também fica clara quando se compara julho com o melhor momento da série histórica dos dois indicadores, iniciada em 2011.
Enquanto o transporte de passageiros está 21,9% abaixo de fevereiro de 2014, quando foi o pico da série, o mês de julho de 2022 marcou o maior patamar para o transporte de cargas de todo o período da pesquisa.
No contexto da pandemia, o transporte de passageiros foi duramente afetado pelas medidas de isolamento social, como outras atividades de caráter presencial. Esse movimento limitou o fluxo de pessoas tanto no dia a dia, com o avanço do home office, quanto no turismo.
Por outro lado, o transporte de cargas foi beneficiado pela expansão do e-commerce e dos centros de distribuição, que alavancaram a demanda para esse tipo de serviço, além do avanço do agronegócio.
Em julho, o transporte de passageiros cresceu 4,1% frente a junho. Com isso, recuperou a perda acumulada nos meses de maio e junho (-3,4%). Já o transporte de cargas teve a décima alta seguida em julho, com alta de 1,2%. Nesses dez meses, acumula ganho de 19,7%.
Na comparação com julho de 2021, o transporte de passageiros subiu 24,2% em jul/22 – a 16ª taxa positiva seguida –, enquanto o transporte de cargas avançou 15,4%, a 23ª alta consecutiva.
“O transporte de cargas mais uma vez mostrou seu grande dinamismo com a décima taxa positiva seguida e emplacou um novo ponto mais alto da série”, disse o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.
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